Com o tema “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”, a edição 2010 dá ao evento tons políticos. “Já passamos da fase da visibilidade”, afirmou Manoel Antonio Ballester Zanini, tesoureiro da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT). “O que a gente percebe do movimento é que está havendo um certo cansaço pela não resposta”, acrescentou, referindo-se à discriminação sofrida por homossexuais.
Para mostrar o descontentamento do movimento, o colorido dará lugar ao preto-e-branco na festa. “Pensamos em demonstrar a indignidade na arte gráfica, em nossos materiais.” Essas duas cores devem predominar nos 18 carros que sairão da Avenida Paulista às 12h de domingo, segundo a organização.
Para garantir a segurança dos participantes, 3 mil homens, entre guardas-civis (700), policiais militares (1.300) e vigilantes particulares (1 mil), estarão nas avenidas e vias próximas.
Investimento
Com investimentos de R$ 1 milhão da Prefeitura, a parada pretende ser mais organizada e segura do que a edição de 2009. “Usaremos para melhorar a infraestrutura para atender melhor munícipes e turistas”, disse o coordenador geral da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, Franco Reinaudo.
Serão quatro postos médicos: no Masp; na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação; no recuo do Cemitério da Consolação; e na Rua Maria Antônia. Cerca de 900 banheiros químicos, sendo 70 deles para deficientes, estarão distribuídos em todo o percurso da parada.
Violência
Para evitar casos de violência como os registrados no ano passado, a organização da parada pede aos participantes que evitem ficar nas ruas ao término do evento. “Incentivamos as pessoas a irem para casas noturnas e bares”, afirmou o presidente da APOGLBT, Alexandre Santos.